sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

PASSE-LIVRE JÁ PERNAMBUCO!



Se já não bastasse a péssima qualidade da educação, saúde, a falta de emprego, ainda temos que conviver com mais um abusivo aumento das tarifas de ônibus. Na verdade isso é mais um ataque contra a parcela mais oprimida da população, juventude e trabalhadores(as) por parte do governo, das prefeituras e empresários do transporte coletivo, que lucram cada vez mais as nossas custas e que andam nos seus luxuosos carros. O aumento de 8,66% nas passagens não encontra justificativa. Sofremos com as infinitas filas nas integrações, os ônibus lotados, o calor insuportável, a demora por conta das poucas linhas, etc. Além disso, enquanto o salário mínimo sofre um reajuste de apenas R$545,00 (um aumento vergonhoso de R$35,00) os parlamentares em poucos minutos têm seus salários aumentados em cerca de R$10,000!!!
A ANEL, mais uma vez se soma às lutas contra o aumento das passagens que vêm acontecendo em várias partes do país reivindicando o passe-livre para estudantes e desempregados, para nós esse deve ser entendido como mais um direito. Em primeiro lugar, a juventude além de ter acesso à educação, necessita de cultura e lazer, sendo que hoje essa possibilidade está distante das condições de muitos, já que é impossível pagar mais de uma passagem. Para os desempregados essa situação é mais aguda, por ser cada vez mais difícil procurar emprego por falta de dinheiro para pagar passagem. Em Pernambuco, a campanha “Não ao aumento das passagens! PASSE LIVRE já, Brasil!” da ANEL, está sendo tocada a partir do diálogo com os estudantes através das panfletagens nas ruas e nas escolas. Junto com o Comitê Contra o Aumento das Passagens estamos construindo o Seminário sobre Transporte Público, com a intenção de aprofundar nossas discussões sobre o passe-livre.
Diante dessas lutas fazemos o chamado para o Congresso da ANEL que acontecerá em Salvador, em junho desse ano, para aprofundar nossa campanha pelo passe-livre em todo Brasil, organizando estudantes e trabalhadores/as desempregados junto com a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular).

Um comentário:

  1. Acredito que a defesa do passe-livre para estudantes e desempregados é uma reivindicação acertada, embora não tenha lido nada a respeito da estatização das empresas de transporte sob o controle dos trabalhadores.

    Com relação à educação, defender uma educação de ''qualidade'' é uma reivindicação reformista e vazia de conteúdo, que por si não diz nada. É necessário ser mais claro: defender uma educação totalmente pública, gratuíta, laica e sobretudo VINCULADA À PRODUÇÃO SOCIAL. Nenhum jovem desempregado, nenhum jovem fora da escola.

    A respeito do movimento sindical, a política que eu defendo é a defesa do SALÁRIO MÍNIMO VITAL. A luta contra o aumento da tarifa nos transportes está ligada as condições de vida dos trabalhadores, por esse motivo não basta levantar simplesmente a denuncia de um reajuste de 6% ao salário mínimo e denunciar o aumento dos parlamentares sem colocar a palavra de ordem na defesa de um salário mínimo vital reajustado automaticamente de acordo com a inflação. No movimento essas bandeiras caminham junto com a defesa do passe-livre, estatização e questão salarial.

    Acredito que a luta somente em defesa do passe-livre para estudantes e desempregados não é suficiente para aglutinar a classe trabalhadora na luta por suas reivindicações. É necessário exigir a presença das direções sindicais nesse Comitê, as direções que não convocarem a sua categoria para discutir o aumento devem ser denunciadas. A CUT, CONLUTAS etc precisam convocar plenárias de base para encaminhar a luta contra esse aumento e outras pautas. Quem fizer corpo-mole deve ser denunciado. As direções precisam colocar as bases na rua, porém num movimento de massas a burocracia perde o controle e a luta pode se radicalizar. O movimento estudantil isoladamente não vai conseguir conquistar a reivindicação.

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