quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dia 24/ago vamos à Brasília lutar contra o PNE do governo e por 10% do PIB pra educação já!


FONTE: anelonline.org


Dia 24/ago vamos à Brasília lutar contra o PNE do governo e por 10% do PIB pra educação já!No dia 21 de julho a ANEL esteve presente em uma reunião em Brasília para organizar a Campanha Nacional por “10% do PIB pra Educação Já!” que contou com a presença de diversas entidades. Estavam lá representados o ANDES-SN, o MST, a CSP-Conlutas, o SINDSPREV, e diversas entidades estudantis como o DCE UFRJ, DCE UFRGS, o Centro Acadêmico de Geografia da USP, a Executiva Nacional de Pedagogia.
Em seu 1º Congresso, a ANEL aprofundou a discussão sobre os rumos que a educação brasileira tem tomado e aprovou que sua Campanha Nacional prioritária para o próximo semestre será contra o Plano Nacional da Educação (PL 8035/10) proposto pelo governo Dilma e em defesa dos 10% do PIB pra educação já.

As Calouradas devem fortalecer a luta contra o novo PNE: o Plano Nacional da Enrolação

Agora em agosto, em diversas universidades do país entram mais uma leva de novos alunos. As calouradas serão um importante momento para dialogar com os novos alunos e convidá-los a lutar junto conosco.
Para aqueles que sofreram com a injustiça do funil do vestibular, não é difícil perceber que a situação da educação brasileira está muito difícil. A maioria que passa pras universidades teve que estudar em colégios particulares ou fazer cursinhos pagos, porque não dá pra depender das escolas públicas, cada vez mais sucateadas e com péssimas condições de trabalho para os professores. A taxa de analfabetismo no Brasil é de quase 10% (bem mais que países como Uruguai, Chile ou Argentina), a evasão escolar chega a 13,2% e hoje apenas 14,4% dos jovens estão nas universidades, sendo destes apenas 4% nas públicas.
Em 2001, o governo propôs um Plano Nacional da Educação, com bonitas metas a serem cumpridas até 2010, que se tornaram palavras vazias quando 2/3 do que propunha não foi cumprido. O motivo? O governo propunha o investimento de 7%, e nem chegou aos 5%! E agora, com o novo PNE, de novo repete a meta dos 7%, quando o próprio ministro da educação diz ser muito difícil chegar a esse índice. No Brasil, há um atraso histórico no trato com a educação, e o governo pretende ampliar esse atraso para 20 anos com o novo PNE; a vida de uma geração inteira!
Sem dúvida, o grande desafio da juventude brasileira ao longo desse semestre vai ser lutar contra a aprovação deste Plano Nacional da Educação do governo Dilma. Ele busca sistematizar e transformar em política de estado os principais projetos educacionais aprovados pelo governo Lula, como o REUNI, o ENEM, o PROUNI, ensino à distância, ENADE, etc. Um verdadeiro PNE deveria defender a garantia de uma educação pública e de qualidade para toda a juventude, desde o ensino básico até o superior. Acabar com analfabetismo, a evasão escolar, expandir as vagas das universidades públicas para a juventude ter acesso, com garantia de assistência estudantil, boas condições de trabalho para professores e funcionários. E pra isso, só com a ampliação imediata do investimento para 10% do PIB pra educação. Essa é a necessidade da juventude brasileira, e é por isso que a ANEL vai lutar.

A Educação não pode mais esperar: PNE do governo Não! 10% do PIB Já!
Todos à Jornada de Lutas e à Marcha em Brasília!

Entre os dias 17 e 26 de agosto está sendo articulada uma grande Jornada de Lutas do movimento sindical, popular e estudantil. Diversas categorias de trabalhadores já estão organizando suas campanhas salariais, os servidores federais e professores da rede estadual e municipal seguem em greve em diversas locais, o movimento sem terra lutando pelo assentamento de famílias e contra a violência e o fechamento das escolas no campo, diversas ocupações sem-teto fortalecendo a luta por moradia: é hora de unificar todos os lutadores. Entre os dias 17 e 19, vão haver diversos protestos em cada estado. No dia 24, uma grande Marcha em Brasília seguida de uma Plenária Nacional pelos 10% do PIB pra Educação Já.
No movimento estudantil, houve importantes lutas no começo do ano, como as diversas mobilizações contra o aumento da passagem e pelo passe-livre nacional. Em seguida, a juventude de todo o mundo entrou em cena, mostrando sua força derrubando ditaduras no mundo árabe e questionando a falsa democracia e os planos de austeridade dos países europeus. Na Espanha, para o próximo domingo se prepara a maior marcha do movimento 15-M. No Chile, os estudantes ocupam universidades, escolas, praças e ruas pela gratuidade da educação pública e em defesa dos recursos naturais, como o cobre, para as áreas sociais. A ANEL esteve sempre colada a cada um desses processos, estando presente no Egito e no Chile e mostrando que a sua luta tem o apoio dos estudantes do Brasil.
Chegou a hora, portanto, de fazer entrar em cena a juventude brasileira. Queremos chamar todos aqueles que buscam construir um movimento estudantil combativo e independente, que luta pela educação pública de qualidade, contra as opressões, em defesa do meio ambiente e da cultura popular, que se encontre com os trabalhadores em Brasília, no dia 24 de agosto. Vamos organizar junto com o ANDES-SN, a CSP-Conlutas e diversas entidades e movimentos sociais uma grande ALA em defesa dos 10% do PIB, pra gritar em alto e bom som em frente ao Planalto Central que se depender da gente, vamos barrar o PNE do governo e lutar em defesa do nosso projeto educacional.

Entre em contato com a Comissão Executiva Estadual do seu estado para fazer parte das listas de ônibus que serão organizadas em todo o país. Qualquer dúvida, mande um email para anelonline@gmail.com. Nos vemos em Brasília!

terça-feira, 26 de julho de 2011

A ANEL/PE CONVOCA BEIJAÇO CONTRA A HOMOFOBIA E PELA APROVAÇÃO DO PLC 122/06 EM RECIFE

Todos os dias os noticiários nos dão conta de novos crimes bárbaros cometidos contra a comunidade LGBTT. O último caso anunciado em cadeia nacional trata do espancamento de pai e filho que, ao se abraçarem numa manifestação fraternal foram confundidos por homossexuais, tendo o pai perdido, inclusive, parte da orelha. E se fossem homossexuais? 

Chegamos a um patamar tal de intolerância que manifestar amor, carinho, é passível de agressão. Enquanto isso, milhares morrem de fome e de sede, o governo corta bilhões de reais das áreas sociais e não vemos nenhum tipo de manifestação de intolerância frente a isso... É como se amor, carinho, liberdade de manifestação sexual fosse intolerável, mas barbárie, fome, miséria, pode.

Neste triste cenário, o Brasil desponta como grande recordista em assassinatos de Homossexuais, sendo Pernambuco o Estado mais violento. Além disso, estamos extremamente atrasados no que diz respeito aos direitos civis, como casamento entre casais do mesmo sexo, o uso do nome adotado pelas travestins e trans, etc.

Precisamos dar um basta na violência contra LGBTT's e lutar pela garantia de direitos civis, bem como pela adoção de uma política educacional que ponha fim a ideologia heteronormativa, combatendo a homofobia a partir da educação também. Por isso, somos contrários ao veto dado pela presidente Dilma ao Kit Anti-Homofobia.

Convidados todas/todos/todx (Heteros, gays, lésbicas, travestis, bissexuais, trans, etc) a participarem do ato público contra a homofobia e pela aprovação do PLC 122/06 que criminaliza a homofobia. Durante o ato, faremos um grande beijaço!


Participe!!!

Quando?
Dia 31/07 (Domingo)
Onde?
Praça do Arsenal, Recife Antigo
Que horas? 
A partir das 16h


Estaremos nas ruas para mostrar que a juventude não tolera a violência homofóbica!

* Pelo direito ao nome das travestis;
* União civil para casais homossexuais;
* Não ao veto do Kit Anti-Homofobia;
* Pelo fim da homofobia, a luta é todo dia!



OBS.: O ato não é só o beijaço. Você pode participar contribuindo de várias formas, seja fazendo falas, levando cartazes, enfim. Se você é Hetero, não precisa beijar alguém do mesmo sexo, participe da atividade em solidariedade a comunidade LGBTT que sofre diariamente com a homofobia!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

1º Congresso da ANEL: O Novo Pede Passagem.

Declaração da Comissão Executiva Nacional - ANEL

                É com enorme alegria e orgulho que a Comissão Executiva Nacional vem compartilhar uma primeira avaliação do 1º Congresso da ANEL. Realizado entre os dias 23 a 26 de junho em Seropédica, Rio de Janeiro, o Congresso foi um verdadeiro sucesso. Todos os que estiveram presentes saíram de um jeito diferente de como entraram, cheio de histórias pra contar e armados para enfrentar os novos desafios do movimento estudantil brasileiro. Marcando a consolidação da ANEL na realidade nacional e uma presença incontestável nas universidades e escolas do país, construímos com nossas próprias mãos a história e não temos dúvidas de que temos ainda um longo caminho pela frente, que só com muita dedicação e unidade entre os lutadores, irá fortalecer o movimento estudantil democrático, independente, de luta e aliado aos trabalhadores.
               
                Em primeiro lugar, vale ressaltar a representatividade do Congresso. Contou com mais de 1700 presentes e de 1100 delegados, representando milhares de estudantes das principais universidades e escolas do país. Cada um com seu kit-congresso de caderno de resoluções e contribuições, bloco, caneta e caneca da ANEL, a participação ativa de todos foi uma marca fundamental. Persistindo em discussões até tarde da noite, contribuindo em cada Grupo de Discussão com novas propostas, apresentando o acúmulo de sua entidade, ajudando na organização e limpeza do Congresso, participando com muita empolgação nas festas, todos os estudantes livres foram protagonistas do Congresso.
                Logo na Mesa de Abertura, era possível identificar uma característica do Congresso: esteve ao longo de sua construção e em todos os debates de lá, colado a cada processo de luta, no nosso país e em todo o mundo. Um ponto alto na abertura foi a saudação do cabo Daciolo, do corpo dos bombeiros, que dizia que se os estudante eram bombeiros em apoio à sua luta, naquele momento ele que era estudante como nós. A servidora Ivanilda da UFRRJ, em nome do Comando de Greve da Rural, fez sua saudação também; assim como a Marina do ANDES-SN, o Cleber do sindicato da construção civil de Belém do Pará, Mancha da CSP Conlutas, Julio do DCE UFRJ, Clara da CEN, Neto do MST, Guilherme do MTST, Adriano do CA de História da UNESP-Franca. Cantando com força: “Não sou capacho do governo federal, sou estudante livre da Assembléia Nacional” iniciou-se o 1º Congresso da ANEL.
                O primeiro dia de Congresso serviu para aprofundar o debate sobre a conjuntura nacional e os rumos da educação brasileira, esmiuçando nos grupos de discussão nossa compreensão sobre o novo Plano Nacional de Educação do governo Dilma, que sistematiza os principais ataques à educação que promoveu o governo Lula. Combinado com uma excelente exposição à noite da professora Amanda Gurgel, e dos professores Valério Arcary, Otaviano Helene e Nicholas Davies, chegamos a uma compreensão comum da necessidade de combater o PNE e exigir 10% do PIB para a educação já, lutando pelas melhorias em cada universidade e escola.
                A sexta-feira iniciou com uma demonstração de solidariedade internacional da entidade. Clara Saraiva, da CEN, dividiu com todos a experiência que teve no Egito, na viagem que fez representando a ANEL.                Falaram também Adrian, estudante da Espanha que participou dos protestos do 15-M, Nacho estudante da Argentina, Muhib da Palestina, Soraya palestina-brasileira que participou da 3ª Intifada, Sebastian, carteiro da Suiça, além de uma saudação de estudante do Paraguay. Ao fim, o Didi da CSP Conlutas fez uma explanação sobre a importância da solidariedade dos trabalhadores e da juventude brasileira aos processos de luta que estão ocorrendo no mundo árabe e em toda a Europa.
À tarde, nos grupos de discussão, aprofundamos os debates sobre concepção de entidade, o trabalho de base e as finanças da ANEL, pontos fundamentais no seu processo de consolidação. Nesses GDs, ressaltamos a importância do auto-financiamento do Congresso, que só foi possível graças ao suor de cada estudante que vendeu rifas, fez pedágios, campanhas financeiras com muito orgulho de construir uma entidade independente, que se recusa a receber dinheiro de empresas e governos! Nesse sentido, discutimos a importância de que a ANEL avance em sua estruturação financeira, com repasses regulares das entidades e Comissões Executivas Estaduais, além de uma contribuição individual de cada estudante livre que constrói e ANEL.
                Sábado foi o dia dos grupos de discussão de combate às opressões, divididos entre mulheres, negros e negras e LBGT, e dos Painéis Temáticos. Foram 8 temas abordados: meio ambiente, criminalização dos movimentos sociais, violência e legalização das drogas, saúde, transporte, cultura e mídia independente, questão agrária e esportes. Foi um momento muito rico na elaboração do programa da entidade, onde todos puderam contribuir muito e ser parte ativa na construção da ANEL.
                O Congresso teve uma marca muito importante, que esteve presente desde a sua construção até as discussões em Seropédica: um combate cotidiano e intransigente às opressões. A partir de casos ocorridos com alguns moradores do alojamento da universidade rural de machismo e homofobia, os estudantes se organizaram e fizeram atos que deram um verdadeiro exemplo de como deve ser o combate às opressões. E a presença desse tema com força no Congresso instaurou um clima permanente de respeito às diversidades, solidariedade entre os participantes, construção coletiva, que sem dúvida contagiou todos e todas presentes.
                Por fim, no domingo, com a tristeza de estar chegando ao fim e a alegria de ter realizado um grandioso Congresso, os delegados votaram as Resoluções Congressuais. As propostas enviadas por cada GD e Painel Temático foram sistematizadas por uma comissão de entidades eleita no Congresso, e apresentadas a todo o Plenário, onde eram feitos destaques e se votava a posição da maioria dos delegados. Muito à vontade para discordar, criticar, propor novas formulações, cantar palavras de ordem, os estudantes livres foram aos poucos votando e amarrando o Programa da ANEL.
                A principal Campanha Nacional votada pelo Congresso foi da luta contra o novo PNE do governo Dilma e em defesa dos 10% do PIB para a educação já.  Encaminhamos a participação da ANEL na Jornada de Lutas de agosto, que será realizada do dia 17 ao dia 26, com uma Marcha em Brasília no dia 24, articulada com diversas entidades como a CSP Conlutas e o ANDES-SN. Convidamos desde já a esquerda da UNE a construir essa Campanha conosco, porque só com a unidade dos lutadores poderemos barrar esse projeto e conquistar a educação que queremos. Lançamos também um desafio ao Congresso da UNE: já que se diz a favor dos 10% do PIB pra educação, que venha conosco construir um Plebiscito exigindo o investimento do governo federal já. Com um Congresso que vai aplaudir de pé o PNE da Dilma e fechar os olhos pro corte de 3,1 bilhões de reais da educação, achamos difícil que a UNE aceite o desafio...
Votamos, entre outras coisas, uma estrutura de funcionamento, arrecadação financeira e trabalho de base da entidade, que sem dúvida serão fundamentais para fazer a ANEL avançar em sua presença no movimento estudantil, fortalecendo seus princípios. Aprovamos ainda a confecção de um kit anti-homofobia da ANEL, responsáveis na CEN pelo debate das opressões, e referendamos o apoio incondicional que a ANEL dá à juventude que vem se mobilizando em todo o mundo.
Ao canto de “Ser da ANEL, ser lutador, ai que coisa linda! O Congresso acabou...” em homenagem ao grito dos bombeiros, e numa empolgação contagiante, fizemos uma caminhada de encerramento do Congresso e as delegações prepararam as suas voltas.  Saímos, sem a menor sombra de dúvida, muito mais fortalecidos e empolgados para levar adiante a construção da ANEL, ganhando novos estudantes livres, construindo no dia a dia as lutas em cada escola e universidade e fortalecendo esse instrumento de luta, que com certeza ainda vai dar muito o que falar. “Nada Será Como Antes, com a Assembléia Nacional dos Estudantes!”.