
A universidade não sendo uma bolha, reproduz isso. Basta observar o ritmo que é colocado e a pressão acadêmica que nos deparamos, e ainda a falta de um apoio que garanta uma permanência de qualidade. Nos é negado o acesso a saúde na UFPE, incluindo os plantões psicológicos muito restritos, as culturais foram proibidas com a justificativa da segurança, os bolsistas são utilizados como mão de obra barata, o assédio moral e sexual é uma realidade na universidade, como tivemos notícias recentemente de uma estudante e funcionária da universidade que foi assediada por um influente professor do departamento de Ciências Sociais, e como se não bastasse convivemos com uma segurança terceirizada e repressiva dentro do campus.
É muito provável que esta jovem mulher, como tantas outras, sofresse diariamente essas pressões na sociedade, e na universidade isso não foi diferente em meio às demandas que tinha que cumprir. Esse fato foi o estopim para que os estudantes colocassem na ordem do dia os problemas graves que estamos enfrentando, mas que a reitoria insiste em afirmar que não existem. Uma mobilização, marcada no facebook, com cerca de 70 pessoas começou a ser organizada na reitoria a partir das 14h com a construção de uma pauta de reivindicações que colocou a urgência da garantia da Assistência Estudantil de qualidade, uma política de segurança construída pela comunidade acadêmica e sem terceirizações, maior participação dos estudantes nas decisões. Os estudantes presentes exigiram a presença imediata do reitor Amaro Lins que se atrasou por quase três horas.
