sexta-feira, 18 de março de 2011

Unidade na defesa da universidade que queremos

Campanha salarial dos servidores públicos 2011
A presidenta Dilma foi eleita com grande expectativa de melhoras por parte da maioria dos trabalhadores, trabalhadoras e jovens.  A menos de quatro meses da posse da presidenta Dilma não falta motivo para dizer que a vida vai ficar ainda mais difícil, aumento na tarifa dos ônibus, a inflação faz o preço dos alimentos subirem muito, a exemplo do feijão que faz parte da alimentação básica da população que teve uma alta de 66%, corte para todo lado, inclusive os concursos públicos. Enquanto a vida do trabalhador e da juventude fica cada dia pior, os parlamentares riem com um aumento de 62%, e os mesmos aprovam sinicamente míseros 35 reais para o salário mínimo, diante desse quadro só resta um caminho: unir trabalhadores, juventude e setores oprimidos.


A FARSA DA MELHORA NA EDUCAÇÃO

As propagandas do governo mostram que houve durante os oito anos em que Lula esteve a frente do governo uma grande mudança na educação, medidas como o REUNI e o PROUNI, agora com planos de ampliação para as escolas técnicas, só vão crescer com o governo Dilma. Os números nos mostram uma realidade de precarização do ensino público e avanço do projeto de privatizações. Enquanto o Plano Nacional de Educação (PNE) previa entre 2001 e 2010 um aumento de 0,5% ao ano em investimento na educação, o governo Lula demorou seis anos para conseguir esse aumento, investindo apenas 2,88% de toda riqueza gerada no Brasil na educação, número igual de investimento da época de FHC. Também tinha como meta o acesso de 30% dos jovens ao ensino superior, mas infelizmente, segundo dados do MEC apenas 14% estão matriculados, dos quais absurdos 3% se encontram nas instituições públicas, evidenciando que os projetos do governo Lula e que terá continuidade em Dilma sucateiam ainda mais nosso ensino. As aparências não param por aí, nas linhas gerais o modelo de privatização e contenção de gastos do governo FHC seguiu sendo aplicada durantes esse oitos anos. Agora no governo Dilma já se anuncia um corte brutal de 50 bilhões de investimento nas áreas sociais, significa menos recursos para serviços de saúde, assistência social, moradia. Só na educação será um bilhão a menos. Até o Minha Casa, Minha Vida não ficou de fora dessa  tesourada, foram mais de R$ 5 bilhões cortados do orçamento desse programa.


NA UFPE NÃO É DIFERENTE

Nossa universidade apesar de ser uma das maiores do nordeste, os problemas encontrados aqui não são poucos e diante dessas medidas do governo só se agravarão. Temos uma assistência estudantil que não garante a permanência dos estudantes nas salas de aula, aumentando todos os anos o índice de evasão de nossa universidade. As bolsas de iniciação cientifica, monitoria e extensão passam longe de atender as demandas dos estudantes e garantir uma formação profissional de qualidade. Faltam creches e moradia estudantil com vagas suficientes, os laboratórios precários, as bibliotecas com um acervo longe de atender nossas necessidades. Com tudo isso temos ainda que ver o R.U, que sempre foi uma pauta histórica do movimento, ser reaberto com um formato que em nada privilegia os estudantes e ainda com um dos preços mais caros do Brasil.


ENRIQUECER A PAUTA E UNIFICAR AS LUTAS

Neste momento os servidores das universidades federais de todo Brasil estão se organizando para lutar contra um forte ataque feito pelo governo federal. Dilma apresentou um pacote de medidas que além de congelar o salário dos servidores por 10 anos, o PLP 549, lança também o MP 520, que prever a criação da Empresa de Serviços Hospitalares S.A, que pretende gerir os hospitais universitários, precarizando os direitos dos trabalhadores, que poderão ser contratados de forma temporária, além da possibilidade na cobrança de consultas e procedimentos hospitalares, como já acontece em São Paulo, significando a privatização desse serviço. Nós, estudantes também somos totalmente prejudicados, já que os HU’s são espaços em que se realizam pesquisas e estágios, o que compromete profundamente a nossa formação.
No último dia 16/03 (Quarta-feira) a ANEL participou da Assembleia Geral do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais de Pernambuco (SINTUFEPE) que teve como pautas o indicativo de ato contra os ataques da “Dama de Ferro” nome dado por um dos servidores, defendendo a paralisação e greve dos trabalhadores, afirmando mais uma vez o fortalecimento o nosso compromisso com as lutas. No dia 18/03 ocorrerá um ato com panfletagem na entrada do campus da UFPE, no qual estaremos presente em total apoio a luta dos técnico-administrativos. Um ato com Paralisação também ocorrerá no campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), como tirado em assembleia do SINTUFEPE UFRPE, a ANEL também marcará presença fazendo coro com os que dizem não a esses inaceitáveis abusos por parte do governo Dilma.
A ANEL entende que só a unidade na luta dos trabalhadores e juventude é que vamos conseguir barrar esses ataques. Estamos junto com a CSP-CONLUTAS (Central Sindical e Popular) na luta dos servidores federais, queremos ombro a ombro dialogar com toda comunidade acadêmica para se somar a esta luta.

  • Nada de cortes no orçamento da educação. 10% do PIB já!
  • Assistência estudantil para todos. Moradia, bandejão à 1 real e bolsa de iniciação científica, monitoria e extensão.
  • Contra os cortes do orçamento das áreas sociais, mais investimentos já!
  • Contra o PL 540/09, que congela o salário dos servidores por 10 anos.
  • Contra a privatização do Hospital das Clínicas.

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